quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A percepção de justiça como antecedente do comprometimento organizacional: um estudo luso-brasileiro

Artigo de Armênio Rego e Solange Souto

Arménio Rego, é Doutor em Organização e Gestão de Empresas, Solange Souto, é Mestre em Psicologia Social pela Fundação Getúlio Vargas. O estudo feito por eles, visa mostrar como as percepções de justiça explicam o comprometimento organizacional (afetivo, normativo e instrumental), de organizações brasileiras e portuguesas.
O artigo começa com uma explicação de que o comprometimento organizacional é uma das variáveis que mais dedicação tem recebido da parte dos investigadores em psicologia organizacional e que o objetivo do estudo é testar em que grau as percepções de justiça explicam três componentes do comprometimento: afetivo, normativo e instrumental. A partir de então, os autores fazem referencia a relevância que o comprometimento tem assumido nas investigações em psicologia organizacional e evidenciam de que o comprometimento pode ter conseqüências em várias atitudes e comportamentos organizacionalmente relevantes.
Nos parágrafos seguintes, os autores estudam em varias fontes quais são as três componentes mais comuns do comprometimento organizacional, como já dito no parágrafo anterior, em suma, para eles “a vontade dos indivíduos de contribuírem para os objetivos organizacionais parece ser influenciada pela natureza do laço psicológico que os liga à organização”.  Referem-se depois a justiça como um dos potenciais antecedentes do comprometimento.
A partir de dados já coletados por outros autores, eles relatam que o que mais explica (positivamente) o comprometimento normativo e, especialmente, o afetivo encontram-se na liderança transformacional, “o apoio organizacional percebido, a receptividade da gestão às sugestões dos empregados, o apoio do supervisor e dos colegas, a clareza do papel, a recepção de feedback relativo ao desempenho, as funções enriquecidas/desafiantes, a percepção de que os valores organizacionais têm orientação humanizada e visionária, a percepção de que as organizações atuam de modo socialmente responsável (econômica, legal, ética e filantropicamente) e as percepções de justiça”.
A tese visa explicar como as diferentes facetas de justiça conduzem diferentes atitudes e se embasam num modelo de Kim e Mauborgne (1997).O estudo foi realizado em duas fases, a primeira foi realizada no Brasil, a segunda fase do estudo em duas organizações privadas e de três instituições públicas operando em Portugal, conforme descritos pelos autores na metodologia de pesquisa. Depois dos dados apresentados, explanam os resultados.
Portanto, a partir de dados e resultados, os autores expõem suas analises e discussões sobre o tema. Dentre as menções destes, eles falam de uma comprovação empírica do modelo tri-dimensional do comprometimento. Sugerem também que com o estudo, poder-se-ia afirmar que surgiu uma linha orientadora se as organizações desejam colaboradores mais afetivos e comprometidos, e menos associados por laços instrumentais devem elevar os efeitos do modo como as pessoas se ligam psicologicamente às suas organizações.



                                                                        Thaíssa Chaves